Francisco Lezcano, o menino de Vallecas, Velázquez

Um anão que trabalhou como bobo da corte do Príncipe Baltasar Carlos, também sofria de problemas de saúde mental, diagnosticados na época como oligofrenia. Sentado num ambiente rural com costa, jaz o Menino de Vallecas, com um ar de despreocupação, quase desafiante. Nas suas mãos, segura o que parece ser um baralho de cartas, uma representação do seu modo de vida. A expressão e os pontos de interesse (rosto e mãos) são iluminados com mestria sublime. As deficiências que Velázquez gostava de pintar levantam uma controvérsia moral até hoje, com muito debate sobre se o artista procura humanizar e dignificar, ou pelo contrário, este tipo de retrato contém um desprezo implícito pelas pessoas diminuídas.
Outro retrato de um bobo é o de Don Sebastián de Morra.